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  • Foto do escritorJuliana Dias

Vamos falar sobre reescrita? Quais os fios tecem a minha história?

Ao nos propor reescrever nossos textos, nos conectamos a um movimento de engajamento com algo que é do nosso mundo interno. Essa atitude sintoniza com o gesto da mudança. Dependendo de como fazemos essas reescritas (de forma cuidadosa, com diversão, ou de forma austera, excessivamente cobradora?) estamos nos conectando com diferentes tipos de autoria. Vamos prestar atenção nesse processo tão importante e tão abandonado pela escolarização da escrita?

Nosso convite é o engajamento com a reescrita de textos e com a reescrita da vida, com base na mudança de olhar para os processos dinâmicos que vivemos. Nosso trabalho é com escrita criativa sistêmica. O que significa isso? Significa que ao reescrever um texto é possível observar e mudar nosso 'eu' internalizado que nos acompanha na construção da nossa autoria.

Quais são as frases 'internas' que você ouve quando vai reescrever seu texto? O olhar sistêmico para a escrita nos ajuda a expressar essa voz de dor, de bloqueio, e, desse modo, podemos desbloquear, curar. O gesto sistêmico da escrita criativa nos permite metamorfosear essas dores (tristezas, medos etc.).

Vamos 'mexer' nessas emoções a partir de um novo lugar? Nosso convite é o de abraçar a mudança, abraçar o engajamento pessoal com o processo criativo.


Dito isso, podemos ir para as técnicas:


•Cortar palavras, expressões e trechos;

•Trocar trechos de lugar;

•Substituir as abstrações por pontos de vista mais concretos (um objeto, um gesto etc.);

•Preencher as lacunas que surgirem após os cortes com metáforas, com oposições, com a presença do mundo interno de quem olha/vive o que está sendo narrado;

•Preencher o texto de sensações (gestos, movimentos, cheiros, cores, formas);

•Transformar um texto de ficção de viés narrativo em poesia e depois voltar para o gênero original;

•Ler em voz alta e/ou pedir para outras pessoas lerem para você ouvir (se possível, em rodas de escrita);

•Reescrever mais de uma vez sem a preocupação de que uma versão tem de ser 'melhor' que a outra;

•"Levar o texto para passear" por onde você for; carregar trechos em sua memória e vai percebendo o que acontece: deixa o texto te guiar;

•Deixar o texto descansar (dormir).



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