as professoras pesquisadoras Juliana Dias e Maria Luíza Coroa (UnB) e o professor pesquisador Sóstenes Lima (UEG) discutem sobre a necessidade de mudança social com foco na criatividade e em práticas inovadoras no contexto dos estudos acadêmicos e da educação.
O conceito de AUTORIA CRIATIVA nasceu com o trabalho proposto pelo GECRIA e este texto foi o primeiro canal de partilha do que significa pra nós a autoria criativa.
Falamos de uma visão e de uma postura de vida comprometida com a intensificação da presença. Vemos o mundo como um sistema orgânico e concebemos as relações das pessoas entre si e com a natureza a partir de uma educação crítica dos sentidos, ativando nesse olhar um novo poder de ação e de reflexão. É uma visão dinâmica de PODER, "incluindo o que chamamos aqui de resgate dos sentimentos, das percepções e das sensações como um patamar de pressuposição para a atividade pensante e agentiva do sujeito. Nesse veio de reflexão, sujeitos históricos não são apenas vítimas da história; são também agentes de possíveis mudanças. A construção de uma ação consciente se pauta pela retomada daquele ponto que foi bloqueado pela historicidade das tradicionais práticas dolorosas; é necessário descongelar o mundo interno de percepções e de sentimentos para construir conceitos radicais (no sentido de raiz), nascidos da junção entre sensação e conceito, gerando um novo processo cognitivo que embasa a nova consciência da ação (STEINER, 2008 [1919]). É a esse processo dinâmico de ressignificação e de reposicionamento do ‘eu’ que damos o nome de autoria criativa, que se manifesta por meio de discursos, em particular, e da vida, em geral. Nesse sentido, a separação entre teoria e prática é desfeita. As experiências da atualidade nos apontam o caminho para a diluição de fronteiras rígidas, e, acima de tudo, para o entrelaçamento do que vem sendo denominado “prática teórica”, de modo a revelar o caminho processual das escolhas da vida."
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